Descobri que nunca terei dinheiro suficiente pra viajar pra onde quero.
Que nunca terei dinheiro suficiente pra comprar as coisas que quero dar aos outros.
Descobri que não combino com as festividades nacionais e culturais.
Descobri que não tenho o dom do que sempre pensei que teria.
Que nunca chegarei a topo, mesmo sabendo agora, que quando estamos no topo, o ar é rarefeito.
Descobri que não quero o posto mais alto, pois não sirvo pra isso.
Quem é o mais responsável também tem que fazer escolhas absurdas e aceitar imposições.
Descobri que a felicidade não se encontra, não se aprende e não é eterna.
A felicidade são momentos extremamente efêmeros.
Descobri que a vida é um istmo que devemos passar todos os dias, escorregando, caindo e voltando a se equilibrar nele.
Descobri que a autenticidade vale muito mais que fazer o que as pessoas esperam de ti.
Que aprendemos a admirar as coisas, em geral, só depois que a vemos mais de uma vez. Isso acontece também no caso de odiarmos.
Descobri que nossos desejos não são direitos e que o sistema sempre arranjara uma maneira de manipular o que ele quer.
Descobri que os sentidos, como olfato e tato, nos mostram muito mais do que eles realmente são.
E que tudo que se treina um dia, também se perde o costume.
É linda a maneira como as pessoas exibem sua grama verde e sua felicidade extrema. Mas ninguém mostra o turbilhão de sentimentos que esta acontecendo a cada minuto dentro de si.
Infelizmente, o discernimento não será alcançado por todos e aqueles que seguirem seus sonhos, suas vaidades e dançarem conforme a música, terão exito para se vangloriarem.
Mas afinal, ter discernimento e conseguir ver coisas que alguns não veem faz bem? Não seria melhor continuar leigo e fazendo o que todos fazem?
Que isso um dia me faça sentir melhor e que eu possa retribuir à alguém.
Descobri que ninguém deve ditar a minha vida... Mas são válidas as instruções que tive no decorrer dela.
Agora... Cabe a mim construir o que quero.
E assim será!
Quarta feira, 19/02/2014 a 22h02
